segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Recomendação de livro III

Eu já fiz duas recomendações de livros aqui.
"O advogado" e "O Corretor", ambos de John Grisham. Como eu disse, gostei muito do estilo do autor e comprei mais livros dele. Ao todo, são 22 livros. Eu já comprei 8, e acabei de ler meu terceiro hoje.

"Jogando por Pizza".
"Que time daria uma chance a Rick Dockery, um quarterback reserva que acaba de fazer seu time perder o título de uma das principais ligas do futebol americano? Tudo indica que chegou mesmo o fim da linha. Na Itália, porém - a terra da ópera, dos bons vinhos, carros pequenos, quejos saborosos, romances -, também se joga futebol americano, e são os poderosos Panthers, de Parma, que mostrarão a Rick que nem tudo está perdido." (Resumo retirado do livro.)

Quando fui comprar os livros e vi esse título, pensei se tratar de um escritor homônimo do John Grisham. Poderia o grande autor de densos livros de estilo policial ser também o autor de um livro esportivo? Sim, poderia.

Em "Jogando por Pizza", Grisham narra a história de Rick Dockery, um jogador profissional de futebol americano com uma carreira medíocre saltando de time para time como reserva do reserva. Ele cumpria bem seu papel no banco, até que, em uma decisão de campeonato praticamente ganha, Rick precisa entrar em campo e faz três jogadas horríveis que levam seu time a uma vergonhosa derrota.
Humilhado em todos os canais esportivos, tido como pior jogador de futebol americano da história, sua carreira chega a um beco sem saída. Ele se torna um verdadeiro desafio para seu empresário que, na busca desesperada de um time para Rick, descobre a Liga Italiana de Futebol Americano, com direito até a um Superbowl.
Assim, Rick vai parar no Parma Panthers, um pequeno time da cidade de Parma que, como todos os outros times da Itália, tinha recursos escassos e jogadores italianos amadores que não recebiam nada pra estar no time. Jogavam pela diversão e pela pizza paga pelo dono da equipe após os jogos.
A história se desenvolve de forma divertida, relatando as peculiaridades do time e de seus jogadores, o desconforto e adaptação de Rick na cultura italiana que pouco conhecia e, é claro, na descrição dos locais e das longas e deliciosas refeições italianas. (Alguns capítulos descrevem tão detalhadamente os pratos italianos que chega a dar fome.)
E aí surge a pergunta: "Não entendo nada de futebol americano. Ficarei perdido?"
De maneira alguma! Há um glossário nas páginas finais, e as descrições das partidas são tão perfeitas que mesmo eu, que não entendia um "a" de futebol americano, passei até a gostar do esporte.
O grande ápice deste livro é a honestidade do autor: é a visão da Itália contada por um americano. Ele não tenta enganar ninguém dizendo que é um mergulho na tradicional cultura italiana – mesmo porque algumas passagens parecem copiadas de um guia turístico, não de alguém que more lá.
E ah, o livro já está sendo adaptado para o cinema! (É até difícil ler sem imaginar algumas cenas!)

Enfim, é uma ótima leitura, eu recomendo!

Beijos e abraços!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O REI DO TÊNIS

Fevereiro de 2005.
Eu tinha 14 anos e já era apaixonada por esportes, mas não entendia nada de tênis.
Acontecia a final do "Brasil Open de Tênis", e meu pai assistia ao jogo na tv. Eu não tinha nada pra fazer, fui assistir também.
O jogo era entre dois espanhóis: um experiente de 27 anos e um muleque de 18 anos.
O vencedor nesse dia foi o muleque de 18 anos.
O nome dele? RAFAEL NADAL.
Eu me lembro bem, logo após o jogo acabar, meu pai me disse sábias palavras: "Rafael Nadal. Guarda esse nome. A gente ainda vai ouvir falar muito dele."
(E eu confesso que, mesmo sem entender nada, eu gostei do estilo do tal tenista muleque.)

Meu pai mitou a profecia. No mesmo ano, o jovem espanhol ganhou seu primeiro Grand Slam, Roland Garros. Acumulou 42 títulos na carreira. O último deles, conquistado ontem: US OPEN.

O placar no Estádio Arthur Ashe mostrava 6/4, 5/7, 6/4 e 6/2, o fim de uma partida de altissímo nível. Rafael Nadal, espanhol x Novak Djokovic, sérvio.
Número 1 x Número 3 (até então).
Um título que faltava na carreira dos dois. E vai continuar faltando na carreira de um.
Nadal tomou logo o controle da partida, quebrando o saque do sérvio e dominando as trocar de bola.
No segundo set foi a vez de Djokovic. Mas sua boa fase não durou tanto assim. Ele perdeu o terceiro set, se abateu no último e não conseguiu - nem tentou - ameaçar mais.
Vitória de Rafael Nadal, que confirmou a posição de número 1 do mundo até pelo menos o fim do ano.
Para o sérvio, a honra de ultrapassar Roger Federer e se firmar como número 2 do mundo.
E Rafael Nadal provou que é SIM, o rei do tênis.
"Radiante" é pouco para expressar o que Nadal demonstrava em seu sorriso após a conquista.
Parabéns, Rafael Nadal! E que venham muitas conquistas por ai!

Ah, não posso deixar de falar de uma das cenas mais bonitas do pós-jogo. Para quem não sabe, os rivais em quadra na decisão são melhores amigos. E logo após a última bola ser mandada para fora, Nadal desabou no chão igual faz em toda conquista e Djokovic fez questão de ir até a quadra do espanhol e lhe dar um longo abraço. Mostrou que sabe perder, não perdeu o bom humor e ainda deve estar zoando o Nadal por ai exatamente agora. (Ele faz desde imitações do Nadal na quadra até uma paródia do clipe da Shakira que Nadal participa - Djokovic interpreta a Shakira.) Segue a foto desse momento:

Fãs de Roger Federer: Eu admiro muito Federer, assim como vocês deveriam admirar o Nadal.
Se você quiser fazer uma comparação, o site do US Open fez uma tabela colocando lado a lado números do espanhol e do suíço, quando este tinha 24 anos, três meses e dez dias, mesma idade do espanhol.
http://www.usopen.org/en_US/news/articles/2010-09-13/201009131284404343670.html

Por hoje é SÓ. Obrigado pela atenção!
Beijos e boa noite!